A Biblioteca da Meia-Noite – A busca infinita pelo rumo certo

A Biblioteca da Meia-Noite – A busca infinita pelo rumo certo

Entre a vida e a morte há uma biblioteca.
Com essa frase marcante, Matt Haig, autor do livro “A Biblioteca da Meia-Noite”, o segundo mais vendido de 2024 na Amazon, nos convida a mergulhar em uma história que traz a dosagem perfeita entre fantasia e uma riqueza de estados emocionais — o que o torna brilhante.

Enredo de A Biblioteca da Meia-Noite

Confesso que não havia visto nada sobre o livro e que o título me atraiu. Ele me surpreendeu bastante, tornando-se um dos meus preferidos.

O livro narra a história de Nora Seed, uma mulher de 35 anos, muito talentosa, mas que sente que fracassou na vida. Quando perde o emprego e seu gato é atropelado, decide tirar a própria vida. Porém, ao “acordar“, encontra-se em um limbo representado por uma biblioteca onde as prateleiras não têm fim. Cada livro representa uma versão diferente de sua existência, baseada em escolhas que ela poderia ter feito ao longo da vida.

Ao abrir cada livro, ela passa a viver essas realidades alternativas, com a possibilidade de escolher qual vida deseja viver a partir de agora, ou se prefere não continuar. Um ponto importante a ser explicado é que a biblioteca só funciona exatamente às 00:00, e quando o relógio marca 00:01, ela precisa tomar sua decisão.

Mas o tempo é relativo, e esse único minuto dura o suficiente para acompanharmos o amadurecimento psicológico da personagem. Cada livro traz uma decisão não tomada, revelando os arrependimentos de Nora e versões muito distintas de quem ela poderia ter sido. Isso torna a narrativa cativante, afinal todos já nos perguntamos como seria nossa vida se tivéssemos feito outras escolhas.

Vale a pena ler?

É maravilhoso ver como a personagem vai se libertando da culpa que carrega ao observar suas outras versões. Quem tem algum conhecimento em psicologia perceberá ainda mais camadas nessa transformação, pois o livro trata de temas sensíveis como depressão, esperança e auto compreensão.

Ainda assim, é uma leitura acessível e significativa para todos. Mesmo as vidas aparentemente perfeitas têm seus desafios. A escrita é fluida, daquelas que não queremos largar. A biblioteca funciona como uma metáfora poderosa e bela. A personagem da bibliotecária, Sra. Elm, é um toque afetivo na narrativa — uma espécie de mentora espiritual e guardiã desse mundo misterioso.

Não vou revelar o final do livro, nem a escolha de Nora. Essa é uma experiência que cada leitor deve ter e interpretar. Na minha visão, embora a escrita seja simples, ela traz sutilezas psicológicas que podem passar despercebidas por olhos menos atentos. Gosto de pensar em como o livro nos mostra que há infinitas possibilidades. E, por mais clichê que pareça, o fim só chega com a morte, enquanto estamos vivos, sempre há algo desafiador e, por que não, maravilhoso para viver.

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Daiane Veiga

Psicóloga, aspirante à diplomata. Fã de livros, de distopias e principalmente, do Batman!

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