Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos – Muito e pouco ao mesmo tempo

Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos – Muito e pouco ao mesmo tempo

Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos é a continuação direta do incrível A Vingança de Scorpion, de 2020. Adaptando os arcos do segundo e terceiro torneio ao mesmo tempo, será que “A Batalha dos Reinos” foi uma continuação digna ou melhor, uma boa animação baseada no jogo Mortal Kombat? Confira abaixo nosso review sem spoilers do filme.

Enredo… ou os enredos…

A Batalha dos Reinos tinha uma premissa básica mostrada em seu trailer: Adaptar o segundo torneio do Mortal Kombat, aquele onde Shao Khan é o desafio final. Mas a animação de uma hora e vinte foi além: Juntou a trama do segundo e terceiro torneio e ao mesmo tempo, conta um arco paralelo referente a Scorpion e ao segundo Subzero, Kuai Liang. Após os eventos do primeiro filme, Shao Kahn move suas hordas de guerreiros contra o plano terreno para tentar a conquista, enquanto os terráqueos sobreviventes do primeiro filme e com as adições de Kung Lao e Stryker, lutam para defender o planeta da invasão. Em meio a batalha, Shao Khan sugere a Raiden que façam um pedido aos Deuses antigos, para resolverem esta contenda em um novo Mortal Kombat.

Junto a isso, no inferno, o Deus enlouquecido Shinnok tenta forçar Scorpion em uma missão que se concluída, traria a ruína a todos os planos, mas Scorpion se recusa e foge de Shinnok. Ao mesmo tempo, temos também a narrativa que acompanha o novo Subzero Kuai Liang, tentando fugir da iniciativa cibernética do clã Lin Kuei, ao mesmo tempo que caça Scorpion para se vingar da morte do seu irmão Bi Han, o primeiro Subzero.

A Batalha dos Reinos

Atirando para todos os lados e errando todos os alvos

A Batalha dos Reinos tem um um ritmo muito frenético. O filme é recheado de combates, poderes icônicos dos personagens da franquia, frases de efeito do game (como Fight!, Fatality!, Finish Him!, entre coutras) e muito, mas muito sangue. Saibam que apesar de ser uma animação, ela é voltada totalmente para o público adulto. Golpes destrutivos, execuções, desmembramentos, entranhas e o famoso recurso “Raio X” que está na franquia de games desde 2011, permeiam os 80 minutos da animação.

Porém, nada disso faria sentido com a narrativa se o roteiro não seguisse o básico de Mortal Kombat. O que aqui, infelizmente não acontece de forma satisfatória. O sucesso da animação anterior, A vingança de Scorpion, era que ela se limitava a contar toda a narrativa de Scorpion, com os detalhes necessários para nos contextualizarmos da mitologia do personagem e ao mesmo tempo, usou a história do torneio do primeiro jogo como pano de fundo, nos explicando todo o necessário conforme a animação se desenvolvia. Em A Batalha dos Reinos, a parada é bem diferente. Durante uma parte do filme, ficamos convencidos do novo torneio e nos acostumamos com o arco paralelo envolvendo Scorpion e Subzero. Mas, após algum tempo, é notável a correria e que para explicar as duas histórias de forma decente, precisaríamos de mais uma animação. E é nessa hora que vemos que o nível de ambição empregado aqui, não foi compartilhado com o roteirista.

A Batalha dos Reinos

Entendam! Eu sei que Mortal Kombat chama a atenção pelo gore, artes marciais e o fanservice. Mas, isso tinha que vir com o mínimo de roteiro aceitável. Não é necessário ser do nível de uma obra “explode-cabeças” de Christopher Nolan, mas o filme podia trabalhar melhor certas novidades como Stryker e o icônico Kung Lao, por exemplo. A impressão de que algo está faltando assistindo a animação é gigantesca neste sentido. O que fez a primeira animação ser tão boa, é que ela trabalhou os relacionamentos da história muito bem. Pra quem acompanha a história do jogo Mortal Kombat, inclusive de seu reboot em 2011 até agora, sabe que a narrativa tem algumas boas reviravoltas e decisões que ocorrem totalmente baseadas em vários relacionamentos bem trabalhados entre os personagens.

Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos vale a pena?

Olha… vale! Mesmo com as ressalvas, eu recomendo que vocês assistam. Mesmo eu sentindo que a animação foi rápida demais e tentou ser maior do que podia com o que estava disponível, ainda vale.

Eu particularmente, sou um grande fã da franquia e realmente não consigo entender a dificuldade de se adaptar jogos de luta para live-actions e muito menos, para animações como esta. O filme live-action de Mortal Kombat que saiu em abril deste ano é um ultraje a franquia. Em contrapartida, A Batalha dos Reinos apesar dos pesares, têm a essência de Mortal Kombat e diverte. Se você é o tipo de fã da franquia que quer ver a porradaria desenfreada, fatalities e golpes mirabolantes, vai ter espasmos de alegria e empolgação, pois o filme entrega tudo isso em doses cavalares. A fluidez da animação é de outro mundo. Os detalhes dos golpes comuns e poderes é um show à parte. Como eu disse, o filme diverte mesmo falhando no roteiro. Por isso, eu gostaria de ver mais desta franquia animada e torço, para que consigam fazer uma nova animação mais para frente focando no futuro (com personagens como Cassie Cage, por exemplo).

A Batalha dos Reinos

Mas relembro… pra quem é fã de Mortal Kombat, a animação não é nem de longe ruim. É inferior ao filme antecessor, mas é MILHÕES DE VEZES melhor que sua contraparte em Live-Action.

Nota do Redator: 3/5

E aí? Vai assistir? Já assistiu? Comentem aí o que acharam de “A Batalha dos Reinos“. Fui!

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Léo Palmieri

Pai, marido, nerd. Fã do Surfista Prateado e do Superman, juntou uma equipe de super-pessoas para trabalhar no projeto Crossover NERD com o intuito de divulgar o belíssimo mundo geek!

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