Demolidor: A Queda de Murdock – Review

Demolidor: A Queda de Murdock – Review

Demolidor: A Queda de Murdock é considerada por muitos, um dos maiores clássicos da Marvel. Trazendo de volta Frank Miller para os roteiros do herói e com os desenhos do talentoso David Mazzucchelli, esta mini série é ponto alto de Miller à frente das histórias do homem-sem-medo. Acompanhe nosso review sem spoilers do quadrinho.

Demolidor: A Queda de Murdock
Capa nacional de A queda de Murdock, publicada pela Panini

Uma história densa e pesada

Demolidor: A Queda de Murdock nos trás o embate supremo entre Demolidor e seu arqui-inimigo, o Rei do Crime. Porém, não estamos falando apenas de socos e pontapés, estamos falando de um embate psicológico, perigoso para ambos os lados e que movimenta desde os tribunais, às notícias de Nova York. Um fato curioso, é que neste período, Frank Miller já tinha escrito clássicos como Batman, O Cavaleiro das Trevas e Batman: Ano UM, onde seus roteiros já tinham adquirido totalmente a densidade necessária para esta magnífica história.

Vale lembrar que muitos dos elementos que definiram o Demolidor, foram trazidos pelo próprio Frank Miller, em sua primeira passagem com o personagem, ao lado de Klaus Janson. Fizemos um review dessa incrível fase aqui.

Demolidor por Frank Miller e Klaus Janson – A reformulação do Demolidor

Demolidor: A Queda de Murdock começa com a antiga namorada de Matt Murdock Karen Page, uma ex-atriz e agora uma viciada em heroína, vendendo a identidade secreta do herói para um traficante na américa-central. A cena em si, já é pesada só de imaginar o que um viciado, é capaz de fazer por mais um pico de droga. Frank Miller não poupou esforços em deixar claro esse tipo de situação, que permeia toda a mini-série. Os desenhos de Mazzucchelli ajudam totalmente, a passar essa intensidade ao leitor.

Demolidor: A Queda de Murdock

A partir daí, não demora muito tempo para o próprio Rei do Crime ter acesso a esta informação e então, planeja uma vingança lenta, que vai destruindo a vida pessoal de Matt Murdock e assim, desabilitando o próprio Demolidor. O que vemos aqui não é apenas uma vendetta qualquer e sim, uma engenhosa orquestração de acontecimentos que vai destruindo Ego e Alter-Ego pouco a pouco, a ponto do Demolidor ser esquecido pela própria cidade. O peso que esta história proporciona ao leitor é de certa forma, incômoda. Frank Miller faz questão de deixar todos os detalhes para o leitor saber de cara tudo o que está acontecendo. Não há mistério, não há suposições. Os planos do rei são claros e cristalinos, porém ficamos muito pesarosos por Matt Murdock, que não faz a mínima ideia de como está sofrendo toda esta sequência de revezes. Geralmente lendo quadrinhos, poucos roteiristas têm essa capacidade de nos fazer ficar com muita pena de um personagem. Frank Miller aqui, conseguiu.

Demolidor: A Queda de Murdock

A história não segue apenas Matt Murdock e um satisfeito Rei do Crime. Todos estes acontecimentos tem reverberações em todo o âmbito do ciclo de relacionamentos do herói. De Foggy Nelson, seu eterno amigo e parceiro a própria Karen Page, a história se desdobra mostrando a visão de todas estas pessoas durante os acontecimentos orquestrados pelo Rei do Crime. Mas, não é só de peso psicológico que falamos aqui também. Falamos de corrupção, e de como todos tem um preço. Demolidor: A Queda de Murdock lida com isso de forma nua e crua. Todos têm seu preço! Do honesto policial ao honesto repórter. O Dinheiro ou as ameaças, compram o que querem.

Demolidor: A Queda de Murdock
O Rei do Crime tem olhos em todo lugar… Todos têm seu preço…

E ação? Sim meus amigos… Temos muita ação aqui também. Durante os acontecimentos da história, ocorrem muitas situações onde o Demolidor, mesmo na fossa, deve agir. O que resta a um herói que tinha tudo e que de repente, só tem seus punhos? Ou melhor, talvez nem eles? Matt Murdock deve encontrar todas as respostas para buscar a sua redenção, sua dignidade e derrotar seu maior inimigo. Mas como fazer isso quando não lhe resta nem a esperança? É exatamente isto, que Frank Miller quer que você descubra lendo esta magnífica história.

Um vingança de sucesso

A história avança onde uma gama de acontecimentos vão fazendo pouco a pouco, Matt Murdock perceber que tudo o que ele perdeu até agora, não o definia e sim, eram resultado de suas escolhas. A chegada de vários outros personagens na história vão ajudando Matt a entender e começar a ver o mundo de outra forma. Inclusive, um grande herói da Marvel dá as caras na mini-série, pois o nível de influência de Wilson Fisk, o Rei do Crime, é a nível Mundial. Será então que o Rei do Crime terá êxito em sua vingança? Será que de fato, é o fim de Matt Murdock e o Demolidor?

Qualquer coisa que eu escrever a partir daqui, já seria um spoiler gigantesco da trama. A Queda de Murdock é uma história que tem que ser apreciada como um todo e eu odiaria estragar esta experiência de vocês.

Demolidor: A Queda de Murdock vale a pena?

Sim, vale demais. O encadernado nacional da Panini trás a mini-série completa e totalmente em português. Para mim, esta é a história mais incrível do Demolidor e uma das melhoras da Marvel como um todo. Um clássico incontestável da nona arte. Impossível alguém não gostar desta magnífica história. Recomendo muito que a leiam! Alguns conceitos da terceira temporada do seriado do Demolidor na Netflix foram retiradas desta história.

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Espero que tenham gostado deste humilde review. Obrigado pela atenção, e até mais!

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Léo Palmieri

Pai, marido, nerd. Fã do Surfista Prateado e do Superman, juntou uma equipe de super-pessoas para trabalhar no projeto Crossover NERD com o intuito de divulgar o belíssimo mundo geek!

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